quarta-feira, 29 de junho de 2011

SONIDOS


Sonidos
Mergulho no azul, verde-mata-zum
Zumbe abelha, bate asas, batidas, respiração
Vento sibilante sibila sibilares

Mar, que balança dança. Que barulho tem a mágoa?
Ruído d'água na pedra; mergulha, mergulhão
Andorinha, voa: leva-me à imaginação

Verde água(Iemanjá) meu amor é lonjura
Saudade é som de sabiá, saracura
Quem ensinou ao vento assobiar?

Amar parece sangue em cachoeira
Nas veias da solidão vermelha, espelho do mar
Tem viração,vento, ventania, bem-virá

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Desconexão


DESCONEXÃO


PassarinhoAzul vidaacoresMuitosSaboresPerfumesSens
açõesTemoresPrenúnciosDoresEstarSónaMultidãoSoli
dãoEcoOPluraldePessoasÉmultidãoEssaSempreQuePo
deMagoaCoraçãoPalpitandoSentimentoDifusoDesco
nexosEstéticaCôncavaAcent^EstranhoEspelhoSouEuO
uaConvexaOlhosVêemPeleSenteRealidadeReflexaMeD
êaMãonoMoonlightSerenadeAPerspectivaRomânticaEs
táUltrapassadaPapoClichênãoServepraNadaOutrasEs
pressarNãoSei quêInconscienteContinenteContidoDesej
oReprimidoFalarLibidoSextoSentidoTambém estáInQu
eroOuroTesouroIncensoMirraBoaNovaAMelhorFormaE
screverAtoInsanoEnganoViverAlteradoJeitodePercebe
rVíciodeEscreverArtifíciodaMenteOSoldaNoiteÉAEscuri
dãodoDiaAgoniaExtravasaVasoVazioSentimentoVadio
ConsumiçãoSumiçãoConsumiçãoSumiçãoSumiçãoCon
sumiçãooo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A única verdade que resta


A ÚNICA VERDADE QUE RESTA

Procuro imagens que fogem
E reaparecem em sonhos
Visões, premonições, códigos velados
Anjos, antigos aliados, apartados da vida diária
Sombras, luzes, lua e sol
Desperto sem saber onde estou
Alma, corpo, estrelas nebulosas
Saudosas lembranças, antigos medos
Equilibro-me na corda bamba da realidade movediça
Não sei se artista ou louca
Perambulo por lugares desconhecidos
Devaneios, ilusões, verdades
O sol escaldante ilumina a cidade
A única verdade que me resta

terça-feira, 21 de junho de 2011

SEMENTE

SEMENTE
Toda semente de gente
Toda semente sente
Toda semente desmente
A morte como fim
Tudo sempre começa
Todo destino tropeça
Toda vida prega peças
Em toda alegria
Está escondida a melancolia
Todo dia irradia
Toda manhã inicia
Toda semente germina
Todo ciclo termina
Tudo sempre recomeça

Para ascender


Nebulosas, nuvens, naves a deriva
Em meio ao oceano sem fim
Finitas vidas, em vão sonhadas
Vidas buscadas, perdidas, encontradas
Suadas, sofridas, sorvidas
Bocas sedentas de sentidos
Tantas indagações, poucas certezas
A natureza de toda angústia
Oh rei dos mares
Netuno acenda todos os faróis
Viajantes necessitam da tua luz
Luz para a trajetória, luz para ascender

vento, velas velozes

Ventos, velas velozes

Vento, ventania, vendavais

Massas de ar que se confrontam

Gerando fortes frustrações sazonais

Ventos varrem minhas vontades

Forças, referências, resistências.

Estou só num mundo de ares, mares, pesares

Zune o ar, assovia o vento

Uivo de furacão.

Preciso encontrar um porto para minha embarcação

Porque quando lavarem as águas

Quando não houver nenhuma só mágoa

Quero ver terra

O sol da minha terra