sábado, 11 de fevereiro de 2012

CASAMENTE


CASAMENTE
Desço e subo
As escadas da casa
Da minha cabeça
Do porão da imaginação
Subo e desço com meus pés
Desço e subo sem tocar o chão
Num estado de alucinante solidão
Acompanham-me os que já estiveram
Os que brincam de estar
Os que creio por aqui
Andarem a vagar
E as paredes vão se distanciando
E se aproximando
Como um jogo de espelhos
Os móveis, objetos
Repletos de significados
O que há neles, em mim
Formam o emaranhado dessa casa
Tijolo a tijolo, a cada célula
Sinfonia de barro, sangue
Ossos e destroços

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

AMAR ALÉM DAS LIMITAÇÕES


AMAR ALÉM DAS LIMITAÇÕES

Não é assim tão diferente
Como você pensa, como você sente
Sentires têm aparências diversas
Em cada pessoa
Quando a dor ecoa
Quando lamentos escapam à supervisão
O seu, o meu coração.
Guardam em meio a escombros
Avalanches de solidão
Por isso te peço
Não me avalies
Não cultive invejas
Não se deixe levar pelo aparente
Perceba minha emoção
O quanto busquei no escuro
Por seu entendimento
Pelo esquecimento
Das diferenças, dos juízos
Das palavras que encarceram
As pessoas em definições.
Creia, é possível
Amar além das limitações