sábado, 11 de fevereiro de 2012

CASAMENTE


CASAMENTE
Desço e subo
As escadas da casa
Da minha cabeça
Do porão da imaginação
Subo e desço com meus pés
Desço e subo sem tocar o chão
Num estado de alucinante solidão
Acompanham-me os que já estiveram
Os que brincam de estar
Os que creio por aqui
Andarem a vagar
E as paredes vão se distanciando
E se aproximando
Como um jogo de espelhos
Os móveis, objetos
Repletos de significados
O que há neles, em mim
Formam o emaranhado dessa casa
Tijolo a tijolo, a cada célula
Sinfonia de barro, sangue
Ossos e destroços

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