domingo, 28 de agosto de 2011

EXISTIR, EXPIRAR


Existir, expirar

Faz frio, minha alma acorrentada sente preguiça
Você me escraviza, tenho medo de morrer
Não sou pássaro de gaiola, você não consegue ver
Não sou sua, não sou daqui
Vim do espaço, devo ter caído desatenta
Meu corpo pesa, a força da gravidade me encerra
Não posso voar, o azul do céu me chama
Sem forças, caio abatida
Não suporto minhas feridas.
Não quero água, não quero pão
Nem casa, nem pátria ou chão
Não quero que me leves pela mão
Quero ser carregada pelo vento
Sem tempo de voltar
Sem hoje ou amanhã
Ser somente, sentir, respirar
Ver e gostar
E quando for meu tempo
Expirar

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