terça-feira, 6 de setembro de 2011

Despedida


Despedida

Como ave ferida que não alcança voar
Mas sabe da imensidão azul do céu
Do bando de aves migrando em euforia
Um dia também pude lá estar
Planando em liberdade
Louca e aérea mocidade
Sem grades, sem chaves, sem destino
Não quero o peso dos pertences
A dor dos apegos, os conselhos da idade
Estou indo contra o meu eu, identidade.
E já sinto a dor dessa desnatureza, dessa crueza
Eu não sou daqui, muito menos de lá
E quero de novo minhas asas, meu coração
E essa revelação tira meu sono
Entre ser e estar
O primeiro é meu verbo, minha vida.
E será assim até a completa despedida

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