quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fênix


Fênix

Passam sombras, visões fantasmagóricas.
Várias imagens, o tempo, minhas tantas siluetas.
A criança e seus amigos imaginários.
Brincam de roda tão presentes,
Os que ausentes consideramos.
E nesse tresloucado baile, dançam pela casa vazia,
Toda sorte de assombrações vadias.
Carregando estilhaços
Que voaram na explosão
De um ferido coração.
E nesse dantesco espetáculo
Há música, gargalhadas, gemidos.
Como um mosaico de lembranças
Patchwork de incontáveis esperanças
Que precisam encontrar-se.
Cacos, mágoas, pedaços dos diferentes eus.
A espera de uma delicada colagem
Que cicatrize pele, veias, sangue, emoção.
Para que o pássaro prateado
Abra uma vez mais suas longas asas
E saia livre, grande, poderoso...
Deixando um rastro de fogo na imensidão

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