sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Recriando


Recriando

Busco sentidos, resignificando árdua e constantemente.
Certezas que se perdem, possibilidades que vislumbro, o temor do desconhecido.
Que por vezes excita, cria esperanças, mas que traz a desorientação.
Como estar embriagada, alucinada por verdades escondidas e crenças esclerosadas.
A vontade de viver, de ser feliz que não pode mais ser contida e que pulsa em minhas veias, artérias.
Que não me abandona, como o retorno da criança interna cuja voz não mais posso calar.
E o arrepio frio do corpo já cansado, congelado pelas tentativas fracassadas e pela aridez do passado.
E eu, que já fui tantas quanto as que brigam pela posse de minha alma, conclamo:
Vai escritora eremita cumprir teu solitário destino!
Vai viajante, cigana errante, perseguir teu caminho nômade!
Vai romântica incurável procurar amor!
Porque nunca encontramos o que procuramos,
Mas caminhando as cegas é que, por estranho acaso, alcançamos a luz.

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