domingo, 11 de setembro de 2011

SE HOUVER AMANHÃ


SE HOUVER AMANHÃ

Só, sozinha, silêncio, sensações
Minha dualidade, a eterna rivalidade
De emoções opostas e sobrepostas
Feridas expostas e a férrea vontade de superar
Minha alma não sabe silenciar
Lutar é meu destino
Nesse instante exato, já sinto o cansaço
Não sei se é aquele dos que vão partir
Dos que vão desistir
Ou dos que finalmente alcançarão transcender
Mas pressinto que é uma virada completa
Sem qualquer possibilidade de volta
Sinto o aperto no peito, o disparar do coração.
E a assustadora certeza de que não devo agir
Não está em minhas mãos.
Que mistério é esse?
O enigma da vida
A tragédia, beleza e crueldade
Da condição humana
Sinto medo, sinto frio
Um arrepio premonitório
E é notório: o amanhã é incerto
Se houver amanhã

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